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Dito Caputera se aposenta e conta sua história no IPMI

Publicado em 15/08/2014 | 08:10

Benedicto Lopes da Silva, o Dito Caputera, não imaginava que em uma noite de baile no Clube Operário, em meados dos anos 70, sua vida seria modificada por meio do amor. Ele tinha pouco mais de 20 anos e já estava acostumado com um estilo de vida um pouco desregrado, até que uma mulher fez com que tudo mudasse. “Ela me disse para eu parar de beber ou não ficaria comigo. Parei na hora”, diz o servidor que acaba de se aposentar no Instituto de Previdência Municipal de Itapeva (IPMI).

Hoje, aos 62 anos, Dito relembra com carinho desse período de transformação. “Eu não trabalhava e bebia muito. Todo o bairro fazia oração por mim”, diz rindo o bem humorado tocador de viola nascido no Bairro Caputera, na zona rural de Itapeva. E foi numa festa que ele conheceu Conceição Augusta Palmeiras da Silva. “Foi amor à primeira vista”, assegura. Ela, no entanto, fez a exigência de que para seguir com ele, mudanças seriam necessárias. Além de parar de beber, ele teria de começar a trabalhar.

Dito então deixou a bebida, na sequência “conversou com Deus” e pediu um trabalho. E foi no dia 13 de agosto de 1978, que ele ingressou na Delegacia de Polícia. Desta vez não como detento por arruaças, mas sim como funcionário público. “Nunca mais saí de lá. Foram 36 anos. Conheci muitas pessoas em toda a região, construí uma verdadeira família de amigos que vou levar para sempre no coração”, afirma.

Ao assinar os documentos para se aposentar como escriturário, ao lado do superintendente do IPMI, Eduardo Yamaya, Dito fala de seus novos planos para o tempo livre que chega com a aposentadoria. Segundo ele, entre tocar as modas de viola caipira – entre as preferidas estão “Velha porteira”, de Lourenço e Lourival e “Meu jeito caboclo”, de Liu e Léu – o seu tempo será utilizado para estar com a família, saborear o frango no molho feito com carinho pela Conceição e agradecer a Deus todos os dias pela sua vida, pela vida da sua eterna companheira e pelos filhos José Aparecido, Vera Maria, Jucélia, Gilmara e Gerusa. “E se aparecer algum trabalho, vou trabalhar também”, diz satisfeito.