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Motorista se aposenta e agora tem tempo para fazer o que mais gosta: tocar viola e sanfona

Publicado em 01/06/2017 | 14:20

 Milton Correa, filho de José Roque Correa e Honória Eugênia Correa nasceu em Itapetininga, no dia 30 de setembro de 1952 e veio com a família para Itapeva aos 12 anos. Para visitar seus parentes vendia picolé e com o dinheiro pagava a passagem de trem. Ou seja, desde menino ele já gostava de viajar e não foi à toa que se aposentou como motorista da Prefeitura Municipal de Itapeva.
Antes, porém, passou por vários cargos: operário, servente, vigia, tratorista e motorista. Foram mais de 30 anos de serviços prestados ao município culminando na sua aposentadoria em março deste ano.
“Só em Itapeva – incluindo as zonas urbana e rural - foram mais de 450 mil quilômetros rodados. Sem contar a região toda incluindo Taquarivaí, Bom Sucesso de Itararé, Itaberá, Piraju entre outras cidades do sudoeste paulista.
Por um período, ele prestou serviços também ao Demutran, dirigindo a Kombi que levava os funcionários para as pinturas de sinalização das ruas. Pouco depois passou a fazer o transporte da produção de hortifrutigranjeiros da zona rural de Itapeva para o Mercado do Produtor. “Meu caminho da roça era o Bairro do Tomé, Saltinho, Ribeirão Claro, Serrinha da Conceição, Invernada entre outros que ficam próximos”, comenta.
Em certa ocasião ele levou alguns artistas de Itapeva para se apresentar no Bairro do Avencal e, na volta, a Kombi deu pane próximo ao Chapadão. “Eram quase 10 da noite, estava chovendo e um dos músicos desistiu de esperar pelo socorro e resolveu voltar a pé para Itapeva. Passamos um rádio para a Polícia Rodoviária para que ficassem atentos se vissem um rapaz andando, mas acabamos alcançando o apressado antes da Base Operacional, andando pelo acostamento, todo molhado de chuva”, lembra “seu” Milton já emendando outra história engraçada, quando esteve em Bom Sucesso de Itararé, no Bairro das Almas para carregar calcário e lá ouviu vários causos sobre o motivo do bairro possuir esse nome. “A turma diz que tem bastante alma penada andando por lá”, ri o motorista.
Aposentado pelo IPMI desde 16 de março de 2017, ele diz que agora está sossegado e tem todo o tempo para se dedicar à música: “sou violeiro e sanfoneiro! e dos bons! ”, gaba-se ele.