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Motorista se aposenta após 25 anos de jornada mas continua a viajar

Publicado em 06/06/2017 | 16:45

Donizeth Lopes de Camargo nasceu no Distrito do Guarizinho, em Itapeva, em 30 de julho de 1956. Filho de Nicanor Lopes de Camargo e de Leovir Martins Carneiro começou a trabalhar como motorista na Secretaria Municipal de Saúde em 4 de fevereiro de 1992, transportando pacientes para as cidades de Sorocaba, Ribeirão Preto, Jaú e Botucatu.
Viagens para a capital - São Paulo - ele evitava, pois tinha receio de enfrentar o trânsito da metrópole e também de correr o risco de chegar atrasado aos hospitais onde os pacientes seriam atendidos. Motorista de Van, a vida de 15 pessoas estava sob sua responsabilidade quase que diariamente.
“No começo foi difícil, mas acabei me acostumando e aprendi a driblar o congestionamento da cidade grande, fazendo caminhos diferentes que até assustavam os pacientes. Eu ouvia eles dizendo entre si: acho que o motorista está perdido”, lembra Donizeth.
Em uma determinada viagem Donizeth conseguiu ir até São Paulo, mas teve, por motivos alheios à sua vontade de mudar o trajeto na volta. Ele então saiu de São Paulo pela Rodovia Raposo Tavares em direção a Cotia, passando por Alumínio, São Roque, Sorocaba, São Miguel Arcanjo, Capão Bonito, Guapiara, Ribeirão Branco e, quando chegou no Distrito do Alto da Brancal, faltando poucos quilômetros até Itapeva, acabou o diesel da Van e, para ajudar, no posto de combustível do bairro não tinha diesel.
“O jeito foi ligar para Itapeva e pedir que alguém levasse o combustível para que pudéssemos concluir a viagem”, conta o motorista.
Casado com Maria de Fátima Oliveira, Donizeth tem quatro filhos: Donizeth Lopes Camargo Júnior, Cristiane Rodrigues de Camargo, Michele Aparecida Rodrigues de Camargo e Patrícia F. Rodrigues de Camargo.
Aposentado em 1º de fevereiro de 2017, após 25 anos de trabalho, ele diz que não consegue ficar em casa e continua trabalhando com transporte de pacientes para uma firma particular. “Meu próximo desafio é conseguir chegar até Santos onde alguns pacientes de Itapeva fazem tratamento. Até São Paulo eu fui, agora tenho de aprender a descer a serra”, brinca o bem-humorado motorista.